A mudança em terapia familiar: construindo agenciamento
DOI:
https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.385Palabras clave:
terapia familiar, mudança terapêutica, produção de sentidos, agenciamento, poética socialResumen
Este artigo visa compreender o processo de produção de sentidos sobre a mudança em terapia familiar sob a perspectiva construcionista social. A análise do processo terapêutico de uma família apontou que a construção conversacional da mudança terapêutica foi marcada pelo deslocamento do discurso inicial do problema de saúde da mãe, oriundo do trabalho, para o discurso do agenciamento com o cuidado da vida. Tal construção foi analisada em relação a três aspectos centrais: (a) a desconstrução do sentido do trabalho; (b) a redefinição da relação mãe-filha; (c) a reconstrução da vida. A análise permitiu ainda compreender um importante processo subjacente, o agenciamento como forma de promover a mudança terapêutica em terapia familiar. Concluímos que a postura aberta, ativa e engajada da terapeuta com o fluxo da conversa favoreceu a emergência desses sentidos de mudança.
DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a01
Descargas
Citas
Andersen, T. (2001). Ver y oír, ser visto y ser oído. In S. Friedman (Comp.), El nuevo lenguaje del cambio: la colaboración constructiva en psicoterapia (V. Tirotta, Trad., pp. 201-224). Barcelona: Gedisa. (Original publicado em 1993)
Anderson, H. (1996). A reflection on client-professional collaboration. Families, Systems, & Health, 14, 193-206.
Anderson, H. (2009). Conversação, linguagem e possibilidades: um enfoque pós-moderno da terapia (M. G. Armando, Trad.). São Paulo: Roca. (Original publicado em 1970)
Boczkowski, P. J. (1995). Articulaciones del construccionismo social en terapia familiar sistêmica. Sistemas Familiares, 11(2), 37-47.
Cunliffe, A. L. (2002). Social poetics as management inquiry: a dialogical approach. Journal of Management Inquiry, 11(2), 128-146.
Gergen, K. J. (1993). El movimiento del construccionismo social en la psicología moderna. Sistemas Humanos, 9(2), 9-23.
Gergen, K. J. (1996). Realidades y relaciones: aproximaciones a la construcción social. Barcelona: Paidós Ibérica
Gergen, K. J. (2007). Construcionismo social, aportes para el debate y la práctica (A. M. E. Mesa & S. D. Férrans, Trads.). Bogotá: Universidad de los Andes, Facultad de Ciencias Sociales, Departamento de Psicologia, CESO, Ediciones Uniandes).
Goolishian, H. & Anderson, H. (1996). Narrativa e self: alguns dilemas pós-modernos da psicoterapia. In D. F. Schnitman (Org.), Novos paradigmas, cultura e subjetividade (J. H. Rodrigues, Trad., pp. 191-203). Porto Alegre: Artes Médicas. (Original publicado em 1994).
Grandesso, M. (2000). Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Grandesso, M. (2009). Desenvolvimentos em terapia familiar: das teorias às práticas e das práticas às teorias. In L. C. Osório & M. E. P. Valle (Orgs.), Manual de terapia familiar (pp.104-118). Porto Alegre: ArtMed.
Guanaes, C. (2006). A construção social da mudança em terapia de grupo: um enfoque construcionista social. São Paulo: Vetor.
McNamee, S. (1996). La construcción relacional del significado. De la cabeza al discurso. Talón de Aquiles, 4, 15-17.
McNamee, S. & Gergen, K. J. (1998). Relational responsibility: Resources for sustainable dialogue. Thousand Oaks, CA: SagePublications.
Rapizo, R. (1998). Terapia sistêmica de família: da instrução à construção. Rio de Janeiro: Instituto NOOS.
Rasera, E. F. & Guanaes, C. (2010). Momentos marcantes na construção da mudança em terapia familiar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 315-322.
Rasera, E. F. & Japur, M. (2004). Desafios da aproximação do construcionismo social ao campo da psicoterapia. Estudos de Psicologia, 9(3), 431-439.
Rasera, E. F. & Japur, M. (2007). Grupo como construção social: aproximações entre construcionismo social e a terapia de grupo. São Paulo: Vetor.
Shotter, J. (1991). Consultant re-authoring: the “making” and “finding” of narrative constructions. Paper presented at Houston-Galveston Conference on Narrative and Psychotherapy: New Directions in Theory and Practice, Houston, Texas.
Shotter, J. (1995). A “show” of agency is enough. Theory and Psychology, 5(3), 383-390.
Shotter, J. (1998). Social constructionism and social poetics: Oliver Sacks and the case of Dr. P. In B. M. Bayer & J. Shotter (Eds.), Reconstructing the psychological subject: bodies, practices and technologies (pp. 33-51). London: Sage.
Shotter, J. (2008). Conversational realities revisited: life, language, body and world (2ª ed.). Ohio: Taos Institute Publications. (Original publicado em 1993)
Shotter, J. (2010). Social construction on the edge:’withness’- thinking and embodiment. Ohio: Taos Institute Publications.
Shotter, J. & Katz, A. M. (1996). Articulating a practice from within the practice itself: establishing formative dialogues by the use of a “social poetics”. Concepts and Transformation, 1(2-3), 213-237.
Shotter, J. & Katz, A. M. (1998). “Living moments” in dialogical exchanges. Human Systems, 9(2), 81-93.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).