A utilização de cartas na formação docente: uma contribuição construcionista social

Autores/as

  • Tamara Rossi de Oliveira
  • Paula Cristina Medeiros Resende
  • Emerson F. Rasera

Palabras clave:

Carta, Formação, Professores, Educação

Resumen

Este trabalho tem por objetivo descrever o processo de redação de cartas voltadas ao aprimoramento da prática docente, bem como, apontar algumas diretrizes potencialmente úteis nessa tarefa. Trata-se de um relato de experiência baseado na troca de cartas entre uma professora de Psicologia e a monitora de sua disciplina, no ensino superior, durante um semestre letivo. A partir da análise das cartas, apresentamos um conjunto de práticas de escrita influenciadas por uma perspectiva construcionista social e que enfatizam o uso da carta como forma de promover o diálogo e a reflexão. Observamos que o uso da carta estimulou momentos reflexivos em sala de aula e relações mais horizontais entre professores e alunos. Contudo, é importante que a utilização das cartas se alie a programas institucionais amplos de formação docente para que seja um instrumento efetivo de desenvolvimento profissional. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tamara Rossi de Oliveira

Graduada em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil.

Paula Cristina Medeiros Resende

Professora Doutora no Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil.

Emerson F. Rasera

Professor Doutor no Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil.

Citas

Andersen, T. (1999). Processos reflexivos. Rio de Janeiro: Instituto Noos/ITF

Anderson, H. (1999). Collaborative Learning Communities. In: S. McNamee, S. & K. J. Gergen (org.). Relational Responsibility: Resources for Sustainable Dialogue (pp. 65-70). Londres: Sage.

Anderson, H. (2011). Uma perspectiva colaborativa sobre ensino e aprendizado: a criação de comunidades de aprendizado criativo. Nova Perspectiva Sistêmica, 41, 35-53.

Anderson, H. & London, S. (2012). Aprendizado colaborativo: ensino de professores por meio de relacionamentos e conversas. Nova Perspectiva Sistêmica, 43, 22-37.

Barros, L. P. C. P. R. (2010). O uso de cartas terapêuticas em psicoterapia de grupo. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil.

Brouwers, M. (2001). Bulimia and the relationship with food: a letters-to-food technique. Journal of Counseling & Development, 73, 220-222.

Chen, M., Noosbond, J. P. & Bruce, M. A. (1998). Therapeutic document in group counseling: an active change agent. Journal of Couseling & Development, 76, 404-411.

Freire, P. (1991). A educação na cidade. São Paulo: Cortez.

Gergen, K. J. (2010). Construção social e prática profissional. In.: K. J. Gergen & M. Gergen (org.). Construcionismo social: um convite ao diálogo (p. 55-78). Rio de Janeiro: Noos.

Giroux, H. A. (2010, 17 de outubro). Lessons From Paulo Freire. Chronicle of Higher Education. Recuperado de http://chronicle.com/article/Lessons-From-Paulo-Freire/124910/.

Kress, V. E.. Hoffman, R. & Thomas, A.M. (2008). Letters from the future: the use oftherapeutic letter writing in counseling sexual abuse survivors. Journal of Creativity in Mental Health, 3 (2), 105-118.

McLaren, P. (1997). Teoria crítica e o significado da esperança. In. H. A. Giroux. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. (pp. XI-XXI). Porto Alegre: Artes Médicas.

McNamee, S. (2006).. Relational practices in education: teaching as conversation. Recuperado em 10 de maio, 2014, de http://pubpages.unh.edu/~smcnamee/relational_practice/Relational_Practices_in_Education.pdf

Nascimento, R. O. (2008). Formação de Identidade Docente, Escola e Culpabilização Profissional: Convergências e Discussões Teóricas. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 2(2), 269-279.

Nóvoa, A. (1997). Formação de professores e profissão docente. In A. Nóvoa. Os professores e sua formação (pp. 9-33). Lisboa: Dom Quixote.

Nóvoa, A. (1995). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote.

Nóvoa, A. (1992). Profissão professor. Porto: Porto Editora.

Oliveira, F. M. & Rasera, E. F. (2009). Do Contexto Terapêutico à Prática Educacional: Uma análise do Filme “O Sorriso de Mona Lisa”. Pensando Famílias, 13(1), 103-119.

Paiva, L. P. C. (2010). O uso de cartas terapêuticas em psicoterapia de grupo. (Dissertação de Mestrado não publicada). Universidade Federal de Uberlândia, Brasil.

Paiva, L. P. C. & Rasera, E. F. (2012). O uso das cartas terapêuticas na prática clínica. Psicologia clínica, 24(1), 193-207.

Prada, L. E. A. & T. C. Freitas & C. A. Freitas. (2010). Formação continuada de professores: alguns conceitos, interesses, necessidades e propostas. Revista Diálogo Educação, 10 (30), 367-387.

Saviani, D. (2009). Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, 14(40), 143-155.

White, M. & Epston, D. (1990). Médios narrativos para fines terapêuticos. Barcelona: Paidós.

Wortham, S. & Jackson, K. (2008). Educational Constructionisms. In. J. A. Holstein, & J. F. Gubrium (org.). Handbook of Constructionist Research. (pp. 107-125). London: The Guilford Press.

Cómo citar

de Oliveira, T. R., Resende, P. C. M., & Rasera, E. F. (2015). A utilização de cartas na formação docente: uma contribuição construcionista social. Nova Perspectiva Sistêmica, 24(52), 64–76. Recuperado a partir de https://revistanps.com.br/nps/article/view/159

Número

Sección

Artigos