Ética como potencial discursivo

Autores

Palavras-chave:

Ética relacional, Potencial discursivo, Construção social, Multiplicidade de coordenação, Ordens morais, Código de prática ética

Resumo

A prática terapêutica deve ser, acima de tudo, ética. E, na maioria dos casos, o que é designado como ético é equiparado ao que é legal e justo. Mas o que conta como ética em um mundo de multiplicidade, diferença e complexidade? Ao mudarmos do mundo modernista da certeza (onde os códigos de ética são criados) para uma sensibilidade relacional em que a complexidade e a incerteza servem como guias, também precisamos nos libertar da ideia de uma noção universal e descontextualizada de ética. Uma ética relacional direciona nossa atenção para como podemos criar oportunidades para conversas diferentes, baseadas na curiosidade, nas quais podemos buscar coerência local. Com uma ética de potencial discursivo, podemos tentar coordenar várias ordens morais e imaginar um futuro que seja sensível às relações. Podemos aproveitar o potencial de coordenar as diferenças para ir além das soluções simples, das resoluções universais e do nosso desejo de eliminar as diferenças de uma vez por todas. Neste artigo, defendo que uma ética de potencial discursivo nos sensibiliza para as nuances contextuais e relacionais da vida cotidiana e, assim, evita julgamentos éticos legalizados e descontextualizados.

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Biografia do Autor

Sheila McNamee, Universidade de New Hampshire

Professora de comunicação na Universidade de New Hampshire e membro fundadora, vice-presidente e membro do conselho do Taos Institute.

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Publicado

08/09/2025

Como Citar

Cardoso, D. T., & McNamee, S. (2025). Ética como potencial discursivo. Nova Perspectiva Sistêmica, 34(81), 7–21. Recuperado de https://revistanps.com.br/nps/article/view/849

Edição

Seção

Fronteiras