O terapeuta diante da complexidade dos relacionamentos não monogâmicos
Desafios e possibilidades para uma prática clínica ética
DOI:
https://doi.org/10.38034/nps.v34i82.847Palavras-chave:
não monogamia, terapia de casal, diversidade, postura colaborativa-dialógica, construcionismo social, ética relacionalResumo
Escrevo este artigo como uma forma de responder a alguns questionamentos e inquietações que podem surgir no atendimento a pessoas não monogâmicas. Partindo da ideia de terapia como construção social em que sustentamos a não neutralidade do profissional, ressalto a importância de ampliarmos nosso repertório no campo dos relacionamentos afetivo-sexuais. Meu objetivo é desenvolver conhecimento e/ou aprofundamento de temas como a não monogamia e outras formas de amar que não sejam mononormativas, para encorajar intervenções terapêuticas que abarquem a diversidade, muitas vezes desconhecidas pelo terapeuta. Como nós terapeutas, aprendemos o que é ser um bom casal? Como nos posicionamos eticamente frente àquilo que pode nos causar estranhamento? Que tipos de mundo, de pessoa, de casal e de família estamos criando nas nossas conversações terapêuticas? Estes e outros questionamentos nos ajudarão a olharmos para os aspectos sociais, históricos e políticos de nossa prática. Espero que a leitura seja um convite para nos atentarmos à postura crítica e reflexiva aos processos relacionais e à nossa responsabilidade em construirmos um espaço de diálogo que esteja aberto à desconstrução de discursos dominantes, como o da monogamia.
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