Cerimônia de Definição: o percurso entre a primeira e a segunda escuta no processo de formação do terapeuta

Autores

  • Ana Luisa Coutinho Instituto Noos, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.383

Palavras-chave:

Construcionismo Social, Posição de não saber, Terapia Narrativa, Dialogismo, Processos Reflexivos

Resumo

O artigo apresenta uma experiência de teoria em ação na formação da autora no Instituto Familiae, de São Paulo, entre 2010 e 2014, por meio de um caso atendido no curso em dezesseis sessões. Trata do impacto provocado pela escuta da primeira sessão da terapia familiar, designada como “primeira escuta”, em contraste com as reflexões surgidas, decorridos três anos, o que está sendo nomeado como “segunda escuta”. Desde uma perspectiva sócioconstrucionista e como integrante de uma equipe reflexiva, a autora faz algumas reflexões sobre conceitos como linguagem constitutiva da realidade, empoderamento, posição de não saber e dialogismo, entremeando a discussão desses conceitos, das mudanças que eles propõem e das transformações que promoveram na escuta e no ser/estar em relações da autora com o relato de fragmentos de algumas sessões. O título Cerimônia de Definição é inspirado na abordagem narrativa de Michael White e consolida a apropriação dos recursos adquiridos no percurso da formação e também no processo de escrita deste relato. O artigo foi escrito com base em registros escritos e de áudio das sessões selecionados, mantendo a cronologia original. Os nomes dos participantes foram alterados para preservar o anonimato.

DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a02

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Luisa Coutinho, Instituto Noos, São Paulo

Terapeuta de família e casal - Mediadora voluntária no projeto de mediação familiar para idosos em situação de risco da Promotoria de Justiça Cível do Foro Regional de Santo Amaro, integrante da equipe clínica do Instituto Noos , São Paulo, SP, Brasil.

Referências

Andersen, T. (2002). Processos reflexivos (1ª ed.), Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Anderson, H. (2011). Conversação, linguagem e possibilidades. São Paulo: Editora Roca.

Anderson, H. & Goolishian, H. (1998). O cliente é o especialista: uma abordagem para terapia a partir de uma posição de não saber. In S. McNamee & K. Gergen (Orgs.), Terapia como Construção Social (pp. 34-49). Porto Alegre: Artes Médicas.

Gergen, K. J. & Gergen, M. (2010). Construcionismo Social: um convite ao diálogo. Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Grandesso, M. A. (2006). Sobre a reconstrução do significado. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Guanaes, C. (2006). A construção da mudança em Terapia de Grupo. São Paulo: Vetor.

Gracia, T. I. (2004). O giro linguístico. In L. Iñiguez (Ed.), Manual de Análise do Discurso em Ciências Sociais (pp. 19-49). Petrópolis, RJ: Vozes.

Morgan, A. (2007). O que é Terapia Narrativa? Porto Alegre: Centro de Estudos e Práticas Narrativas.

Souza, S. J. (2012). Infância e Linguagem: Bakhtin, Vygotsky e Benjamin. São Paulo: Papirus.

Wittgenstein, L. (1996). Investigações filosóficas (Coleção Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultura.

White, M. (2012). Mapas da Prática Narrativa. Porto Alegre: Pacartes.

White, M. & Epston, D. (1993). Medios narrativos para fines terapéuticos. Barcelona: Paidós.

Downloads

Publicado

12/28/2018

Como Citar

Coutinho, A. L. (2018). Cerimônia de Definição: o percurso entre a primeira e a segunda escuta no processo de formação do terapeuta. Nova Perspectiva Sistêmica, 27(60), 39–54. https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.383

Edição

Seção

Artigos