O especialista relacional na terapia familiar de fundamentação epistemiológica construcionista social
Palavras-chave:
Terapia familiar, Terapia colaborativa, Construcionismo socialResumo
Este artigo descreve algumas refle-xões e questionamentos sobre a postura do nãosaber em terapia colaborativa. A postura do não
saber é sempre útil? Os conhecimentos prévios
do terapeuta devem, necessariamente, seremsilenciados para se obter uma relação colabora-
tiva? Essas e outras questões são trabalhadas efundamentadas teoricamente ao longo do artigo.Buscamos descrever diferentes sentidos relacio-
nados à postura do não saber e as implicaçõesque decorrem desses sentidos na prática do te-
rapeuta familiar. Por meio de uma análise teóri-
ca, apresentamos como conclusão a postura doespecialista relacional como uma possibilidadeinserida na terapia de fundamentação epistemo-
lógica construcionista social e, também, comouma postura que pode manter a responsividadee a colaboração entre terapeuta e cliente. Espe-
ramos com este artigo contribuir para o início deum diálogo no campo que reconheça as especia-
lidades tradicionais, ou seja, os conteúdos espe-
cíficos de conhecimentos dos terapeutas, comopotencialmente úteis, a depender do modo como
são utilizadas na prática da terapia familiar.
Downloads
Referências
Andersen, T. (1991). The reflecting
team: dialogues and dialogues about
dialogues. New York: W. W. Norton.
Anderson, H. (2007a). Prefácio. In H.
Anderson & D. R. Gehart (Eds.),
Collaborative Therapy: Relationships
and Conversations That Make a Di-
fference (pp. xvii – xxiv). New York:
Routledge.
Anderson, H. (2007b). A postmodern
umbrella: Language and knowled-
ge as relational and generative, and
inherently transforming. In H. An-
derson & D. R. Gehart (Eds), Colla-
borative Therapy: Relationships and
conversations that make a difference
(pp. 7-19). New York: Routledge.
Anderson, H. (2007c). Historical in-
fluences. In H. Anderson & D. R.
Gehart (Eds), Collaborative Thera-
py: Relationships and conversations
that make a difference (pp. 21-31).
New York: Routledge.
Anderson, H. (2007d). Dialogue: Pe-
ople creating meaning with each
other and finding ways to go on. In
H. Anderson & D. R. Gehart (Eds),
Collaborative Therapy: Relationships
and conversations that make a di-
fference (pp. 33-41). New York:
Routledge.
Anderson, H. (2012). Collaborative
relationships and dialogic conver-
sations: Ideas for a relationally res-
ponsive practice. Family Process,
(1), 8-24.
Anderson, H. & Gehart, D. R. (Eds.).
(2007). Collaborative Therapy:
Relationships and Conversations
That Make a Difference. New York:
Routledge.
Anderson, H., & Goolishian, H. A. (1992).
The client is the expert: A not-know-
ing approach to therapy. In S. McNa-
mee & K. J. Gergen (Eds.), Therapy
as social construction (Inquiries in
social construction series) (pp. 25-
. Thousand Oaks: Sage.
Bateson, G. (1972). Steps to an ecology
of mind. Chicago: University of Chi-
cago Press.
Campbell, C. & Ungar, M. (2004). Con-
structing a life that works, part 2:
An approach to practice. The Ca-
reer Development Quarterly, 53(1),
-40.
Cecchin, G. (1987). Hypothesizing, cir-
cularity, and neutrality revisited: an
invitation to curiosity. Family Pro-
cess, 26(4), 405-413.
Gergen, K. & Warhuus, L. (2001). Tera-
pia como construção social: carac-
terísticas, reflexões e evoluções. In
M. M. Gonçalves & O. F. Gonçalves
(Orgs.), Psicoterapia, discurso e nar-
rativa: a construção conversacional
da mudança (pp. 29-64). Coimbra:
Editora Quarteto.
Grandesso, M. (2000). Sobre a recons-
trução do significado: uma análise
epistemológica e hermenêutica da
prática clínica. São Paulo: Casa do
Psicólogo.
Guilfoyle, M. (2003). Dialogue and po-
wer: A critical analysis of power in
dialogical therapy. Family Process,
(3), 331-343.
Hare-Mustin, R. (1994). Discourses
in the mirrored room: A post-
modern analysis of therapy. Fam-
ily Process, 33(1), 19-35. doi:
1111/j.1545-5300.1994.00019.x
Lannamann, J. W. & McNamee, S.
(2011). Narratives of the Interactive
Moment. Narrative Inquiry, 21(2),
-390. doi: 10.1075/ni.21.2.18lan
Littlejohn, S. & Foss, K. A. (2008). Theo-
ries of human communication. Bos-
ton, MA: Cengage Learning.
Martins, P. P. S. & Guanaes-Lorenzi, C.
(2017). Autorrevelação como re-
curso conversacional em terapia.
In E. F. Rasera, K. Taverniers, & O.
Vilches-Álvarez (Eds.), Construc-
cionismo social en acción: practicas
inspiradoras en diferentes contextos
(pp. 391-418). Chagrin Falls, OH:
Taos Institute Publications.
Martins, P. P. S., Silva, G. M., & Guanaes-
-Lorenzi, C. (2014). Os sentidos de
uma intervenção e suas implicações
para a construção do senso de com-
petência de um terapeuta. Nova Per-
spectiva Sistêmica, 50, 18-31.
McNamee, S. (2004). Therapy as Social
Construction: Back to basics and
forward toward challenging issues.
In T. Strong & D. Paré (Eds.), Fur-
thering Talk: Advances in the discur-
sive therapies (pp. 1-28). New York:
Kluwer Academic; Plemum Press.
McNamee, S. & Gergen, K. J. (1992).
Therapy as social construction (In-
quiries in social construction series).
Thousand Oaks: Sage.
Paula-Ravagnani, G. S., McNamee, S.,
Rasera, E. F., & Guanaes-Lorenzi, C.
(2016). O discurso construcionista
social na prática clínica de terapeu-
tas familiares. Psicologia em Estudo,
(2), 267-278.
Pearce, W. B. (1996). Novos modelos e
metáforas comunicacionais: a pas-
sagem da teoria à prática, do obje-
tivismo ao construcionismo social e
da representação à reflexividade. In
D. Fried Schnitman (Org.), Novos
paradigmas de cultura e subjetivida-
de (pp. 172-187). Porto Alegre: Ar-
tes Médicas.
Rapizo, R. (1996). Terapia sistêmica de
família: da instrução à construção.
Rio de Janeiro: Instituto Noos.
Shazer, S. (1985). Keys to solution in
brief therapy. New York: WW Nor-
ton & Company.
Stewart, J. & Zediker, K. (2000). Dia-
logue as tensional, ethical practice.
Southern Communication Journal,
(2-3), 224-242.
Sutherland, O. & Strong, T. (2011).
Therapeutic collaboration: A con-
versation analysis of construc-
tionist therapy. Journal of Fami-
ly Therapy, 33, 256-278. doi: 10.
/j.1467-6427.2010.00500.x
Sundet, R. (2011). Collaboration: Fami-
ly and therapist perspectives of hel-
pful therapy. Journal of Marital and
Family Therapy, 37(2), 236-249. doi:
1111/j.1752-0606.2009.00157.x.
Zimmerman, K. J. (2011). Commentary:
Is collaboration a viable target for
family therapists? Journal of Marital
and Family Therapy, 33, 215-223. doi:
1111/j.1467-6427.2011.00535.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).