E agora, sou eu quem cuida?: a percepção de cuidado por irmãs de pacientes portadores de esquizofrenia.
Resumo
A doença mental, em especial a esquizofrenia, pode trazer diversos comprometimentos para a pessoa que adoece, gerando incapacidades que demandam a assistência de outros. Em geral, os familiares são sempre chamados a esse cuidado em que se destacam os pais e os irmãos dos portadores de esquizofrenia. Entendendo que na relação pais-filhos está implícita a ideia de cuidado, mas que nas relações entre irmãos o aspecto mais marcante está na parceria mútua, perguntamo nos sobre a qualidade da relação entre irmãos quando um precisa ser cuidado pelo outro. A partir disso, realizamos quatro entrevistas com intuito de construir os sentidos e sentimentos gerados nessas relações após a eclosão da doença. Foi possível identificar construções de responsabilidade e sobrecarga, dó, pena e frustração, bem como mudanças subjetivas a partir da experiência da doença do outro.
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