Terapia involuntária de pais enlutados em busca da adoção: Contribuições do Construcionismo Social
Resumo
Este artigo analisa as contribuições do Construcionismo Social num processo de “terapia involuntária” de casal, desenvolvido em 2008 pelas autoras. Descreve um atendimento em terapia de casal para “elaboração do luto” pelo falecimento do filho biológico de 3 anos e meio, encaminhado ao FAMILIAE por uma psicóloga do Setor de Adoção do Fórum, como parte do processo de adoção judicial de uma criança. Nomeamos este processo como “terapia involuntária”, porque a demanda de terapia não era do casal, mas sim da psicóloga judiciária. Apresentamos as reflexões e questões éticas geradas pelos diferentes sentidos atribuídos a “elaborar o luto”, por todos envolvidos no processo. O que aprendemos nesse atendimento aponta para a importância da realização de diálogos iniciais entre todos os implicados em processos onde há profissionais com poder de avaliação sobre os resultados, que utilizam critérios não compartilhados pela postura clínica transmitida pelo instituto de formação aos terapeutas-alunos.
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