Desenvolvendo práticas colaborativas no contexto das políticas públicas, com a aplicação da metodologia de atendimento sistêmico

Autores

  • Maria José Esteves de Vasconcellos

Palavras-chave:

metodologia de atendimento sistêmico de famílias e redes sociais, metodologia de atendimento sistêmico, sistema determinado pelo problema, solução de situação-problema, políticas públicas

Resumo

Este artigo descreve a “metodologia de atendimento sistêmico de famílias e redes sociais” ou “metodologia de atendimento sistêmico”, destacando suas características fundamentais, as quais justificam distingui-la como uma metodologia consistente com os pressupostos da epistemologia sistêmica novo-paradigmática. Trata-se de uma metodologia para a prática em que se busca, por meio da criação de contexto de autonomia, colaborativo, desencadear a coconstrução de solução para uma situação-problema, pelos próprios envolvidos nesta. Tendo relatado a forma como se desenvolveu essa metodologia, a autora explicita seus fundamentos epistemológicos e teóricos e distingue dois aspectos fundamentais dessa prática: a forma de constituição do “sistema determinado pelo problema – SDP” e a forma de coordenação dos encontros conversacionais do SDP. Depois de apontar a aplicabilidade dessa metodologia no contexto atual das políticas públicas brasileiras, a autora propõe ao/a leitor/a algumas questões para reflexão sobre tipos de práticas sistêmicas que vêm sendo constituídas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria José Esteves de Vasconcellos

Mestre em Psicologia. Terapeuta Sistêmica de Família e Casal. Autora da concepção do pensamento sistêmico como o novo paradigma da ciência. Coautora da Metodologia de Atendimento Sistêmico. Professora convidada em cursos de pós-graduação lato-sensu na PUC-Minas, Belo Horizonte, MG e no Instituto Crescent, Vitória, ES

Referências

Anderson, H. & Goolishian, H. A. (1993, original n.d.). O cliente é o especialista: uma abordagem para a terapia a partir de uma posição de não saber. Nova Perspectiva Sistêmica, 3, 8-24. Rio de Janeiro, RJ, ITF.

Aun, J. G. (1996). O processo de co-construção como um contexto de autonomia. Uma abordagem às políticas de assistência às pessoas portadoras de deficiência. Dissertação de Mestrado, Departamento de Psicologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Aun, J. G. (1998, original 1997). The co-construction process as a context for autonomy: an alternative for the policies of assistance to the handicapped. Human Systems: The Journal of Systemic Consultation & Management, 9 (3-4), 289-305. Leeds, Inglaterra. Apresentação anterior in International Symposium on Autopoiesis: Biology, Language, Cognition and Society (1997, 18-21 nov). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Aun, J. G. (2005/2003). Psicoterapia, terapia familiar, atendimento sistêmico à família. Propondo uma diferenciação. In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais. Vol I. Fundamentos teóricos e epistemológicos. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa.

Aun, J. G. (2010, original 1998). O processo de coconstrução em um contexto de autonomia. In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais. Vol III. Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa. Forma resumida publicada anteriormente in O indivíduo, a família e as redes sociais na virada do século (24-28). Anais do III Congresso Brasileiro de Terapia Familiar. Associação Brasileira de Terapia Familiar e Associação de Terapia Familiar do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Aun, J. G., Esteves de Vasconcellos, M. J., Coelho, S. V. (2005; 2007; 2010). Atendimento sistêmico de famílias e redes sociais. Vol. I. Fundamentos teóricos e epistemológicos, 2005. Vol. II. O processo de atendimento sistêmico, 2007. Vol. III. Desenvolvendo práticas com a metodologia de atendimento sistêmico, 2010. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte & Prosa.

Coelho, S. V. (2010). Uso da Metodologia de Atendimento Sistêmico em diferentes contextos de prática profissional. In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais. Vol III. Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (1992). As bases cibernéticas da terapia familiar sistêmica. Contribuições à precisão do quadro conceitual. Dissertação de Mestrado, Departamento de Psicologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (1995). Terapia familiar sistêmica. Bases cibernéticas. Campinas, SP: Editorial Psy.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (1998, julho/agosto. Original 1996). De sistemas, redes e paradigma. In O indivíduo, a família e as redes sociais na virada do século (32-35). Anais do III Congresso Brasileiro de Terapia Familiar. Associação Brasileira de Terapia Familiar e Associação de Terapia Familiar do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Forma resumida publicada anteriormente in Jornal Estado de Minas (1996, 23 abril), Belo Horizonte, MG, Brasil, 1º Caderno, Seção Opinião, 7.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (1999, original 1997). Setting Constructivism/Social Constructionist Proposals in the context of the new-paradigmatic science. Human Systems: The Journal of Systemic Consultation & Management, 10(1), 25-34. Leeds, Inglaterra. Apresentação anterior in International Symposium on Autopoiesis: Biology, Language, Cognition and Society (1997, 18-21 nov). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2002, 10ª ed. rev e atualizada, 2013). Pensamento sistêmico. O novo paradigma da ciência. Campinas, SP / Belo Horizonte, MG: Papirus / Editora PUCMinas.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2004 a) Pensamento sistêmico novo-paradigmático: novo-paradigmático, por quê? Família e Comunidade, São Paulo, NUFAC – Núcleo de Família e Comunidade da PUC-SP, vol 1, n.1, maio, 91-104.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2004 b). Conversações sobre conversações transformadoras. Colóquio Inicial. VI Congresso Brasileiro de Terapia Familiar, ABRATEF. Florianópolis, SC: 21-24 jul.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2008). Distinguindo a Metodologia de Atendimento Sistêmico como uma prática novo-paradigmática, desenvolvida com um “sistema determinado pelo problema”. Revista Brasileira de Terapia Familiar, janeiro/junho, 1(1), 37-43.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2010a). Uma narrativa sobre o desenvolvimento da nossa Metodologia de Atendimento Sistêmico In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento sistêmico de famílias e redes sociais. Vol III. Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2010b). Coordenando os Encontros Conversacionais do “Sistema Determinado pelo Problema”, a partir da concepção teórica do “processo da rede”. In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento sistêmico de famílias e redes sociais. Vol III. Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2010c). Distinguindo a Metodologia de Atendimento Sistêmico de outras metodologias. In J. G. Aun; M. J. Esteves de Vasconcellos; S. V. Coelho. Atendimento sistêmico de famílias e redes sociais. Vol III. Desenvolvendo práticas com a Metodologia de Atendimento Sistêmico. Belo Horizonte, MG: Ophicina de Arte e Prosa.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2013). Apresentação. In M. Esteves-Vasconcellos. (2013). A Nova Teoria Geral dos Sistemas. Dos sistemas autopoiéticos aos sistemas sociais. São Paulo: e-book, Livraria Cultura / Kobo Books.

Esteves-Vasconcellos, M. (2013). A Nova Teoria Geral dos Sistemas. Dos sistemas autopoiéticos aos sistemas sociais. São Paulo: e-book, Livraria Cultura / Kobo Books.

Esteves-Vasconcellos, M. (2014). Não ensine a pescar! Sobre a fundamentação teórica das práticas sistêmicas. Nova Perspectiva Sistêmica, Ano XXIII, n.50, dezembro, p.51-73. Rio de Janeiro/São Paulo: NOOS/Familiae.

Goolishian, H. A. & Winderman, L. (1989, original 1988). Constructivismo, autopoiesis y sistemas determinados por problemas. Sistemas Familiares, 5 (3), 19-29. Buenos Aires, Argentina.

Klefbeck, J. (1996). Psicoterapia dos vínculos e das redes sociais. Workshop. Belo Horizonte, MG: Workshopsy e EquipSIS, 16-18 abril.

Mendonça, R. T. (2014). A Metodologia de Atendimento Sistêmico de Famílias e Redes Sociais no Centro de Referência de Assistência Social: uma proposta teórica e prática. Nova Perspectiva Sistêmica, Ano XXIII, n.50, dezembro, p.74-88. Rio de Janeiro/São Paulo: NOOS/Familiae.

Pakman, M. (1993a). Terapia familiar em contextos de pobreza, violência, dissonância étnica. Nova Perspectiva Sistêmica, Ano II, n. 4, 8-19. Rio de Janeiro, ITF.

Pakman, M. (1993b). Entrevista concedida a Adela García. Sistemas Familiares, 9 (3), 77-86. Buenos Aires, Argentina.

Sluzki, C. E. (1997). A rede social na prática sistêmica. Alternativas terapêuticas. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Speck, R. V. (1989, original 1987). La intervención de red social: las terapias de red, teoria y desarrollo. In M. Elkaim y otros. Las prácticas de la terapia de red. Salud mental y contexto social. Barcelona, Espanha: Gedisa.

Speck, R. V. & Attneave, C. L. (1974, original 1973). Redes familiares. Buenos Aires, Argentina: Amorrortu.

Speck, R. V. & Rueveni, U. (1976, original n.d.). Terapia de redes. Un concepto en formación. In N. W. Ackerman y otros. Grupoterapia de la família. Buenos Aires, Argentina: Ediciones Hormes, S.A.E.

Downloads

Como Citar

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2015). Desenvolvendo práticas colaborativas no contexto das políticas públicas, com a aplicação da metodologia de atendimento sistêmico. Nova Perspectiva Sistêmica, 24(51), 7–24. Recuperado de https://revistanps.com.br/nps/article/view/171

Edição

Seção

Artigos