Abordagem EMDR em atendimento terapêutico após a tragédia da boate Kiss
Palavras-chave:
atendimento terapêutico, abordagem EMDR, abordagem sistêmica da família, tragédia da boate KissResumo
Este artigo retrata a experiência da autora em um atendimento terapêutico uma semana após a tragédia da Boate Kiss, ocorrida em Santa Maria (RS), no ano de 2013. A intervenção psicológica teve como alvo a abordagem EMDR – Eye Movement Desensitization and Reprocessing – o modelo PAI (sistema de informação adaptativo), desenvolvido por Francine Shapiro (2007), psicóloga, terapeuta californiana. O atendimento envolveu uma mãe cujo filho escapou por pouco de estar no local no momento da tragédia. Essa mãe relatou dificuldade em expressar sentimentos, como: alívio pelo filho escapar da tragédia e solidariedade com os familiares das vítimas. Ao invés de expressá-los, essa mãe manifestava tristeza, raiva, revolta e tendência ao isolamento, de maneira intensa e frequente. A duração da sessão foi de 2hs (duas horas). O método EMDR utilizado facilitou o acesso às ações armazenadas de forma disfuncional, visando organizá-las e torná-las funcionais.
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