O especialista relacional na terapia familiar de fundamentação epistemiológica construcionista social

Autores

  • Giovanna Cabral Doricci USP
  • Laura Ferreira Crovador USP
  • Pedro Pablo Sampaio Martins USP

Palavras-chave:

Terapia familiar, Terapia colaborativa, Construcionismo social

Resumo

Este artigo descreve algumas refle-
xões e questionamentos sobre a postura do nãosaber em terapia colaborativa. A postura do não
saber é sempre útil? Os conhecimentos prévios
do terapeuta devem, necessariamente, seremsilenciados para se obter uma relação colabora-
tiva? Essas e outras questões são trabalhadas efundamentadas teoricamente ao longo do artigo.Buscamos descrever diferentes sentidos relacio-
nados à postura do não saber e as implicaçõesque decorrem desses sentidos na prática do te-
rapeuta familiar. Por meio de uma análise teóri-
ca, apresentamos como conclusão a postura doespecialista relacional como uma possibilidadeinserida na terapia de fundamentação epistemo-
lógica construcionista social e, também, comouma postura que pode manter a responsividadee a colaboração entre terapeuta e cliente. Espe-
ramos com este artigo contribuir para o início deum diálogo no campo que reconheça as especia-
lidades tradicionais, ou seja, os conteúdos espe-
cíficos de conhecimentos dos terapeutas, comopotencialmente úteis, a depender do modo como
são utilizadas na prática da terapia familiar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Giovanna Cabral Doricci, USP

Doutoranda do Programa
de Pós-Graduação em
Psicologia da FFCLRP-USP,
mestre em Psicologia
(FFCLRP-USP), psicóloga
(UFU), terapeuta familiar
e mediadora de conflitos, Ribeirão Preto, SP, Brasil

Laura Ferreira Crovador, USP

Mestre em Psicologia
(FFCLRP-USP), psicóloga
(USP), terapeuta familiar
e mediadora de conflitos,
Ribeirão Preto, SP, Brasil

Pedro Pablo Sampaio Martins, USP

Doutor e mestre emPsicologia (FFCLRP-
USP), psicólogo (UFU),Uberlândia, MG, Brasil

Referências

Andersen, T. (1991). The reflecting

team: dialogues and dialogues about

dialogues. New York: W. W. Norton.

Anderson, H. (2007a). Prefácio. In H.

Anderson & D. R. Gehart (Eds.),

Collaborative Therapy: Relationships

and Conversations That Make a Di-

fference (pp. xvii – xxiv). New York:

Routledge.

Anderson, H. (2007b). A postmodern

umbrella: Language and knowled-

ge as relational and generative, and

inherently transforming. In H. An-

derson & D. R. Gehart (Eds), Colla-

borative Therapy: Relationships and

conversations that make a difference

(pp. 7-19). New York: Routledge.

Anderson, H. (2007c). Historical in-

fluences. In H. Anderson & D. R.

Gehart (Eds), Collaborative Thera-

py: Relationships and conversations

that make a difference (pp. 21-31).

New York: Routledge.

Anderson, H. (2007d). Dialogue: Pe-

ople creating meaning with each

other and finding ways to go on. In

H. Anderson & D. R. Gehart (Eds),

Collaborative Therapy: Relationships

and conversations that make a di-

fference (pp. 33-41). New York:

Routledge.

Anderson, H. (2012). Collaborative

relationships and dialogic conver-

sations: Ideas for a relationally res-

ponsive practice. Family Process,

(1), 8-24.

Anderson, H. & Gehart, D. R. (Eds.).

(2007). Collaborative Therapy:

Relationships and Conversations

That Make a Difference. New York:

Routledge.

Anderson, H., & Goolishian, H. A. (1992).

The client is the expert: A not-know-

ing approach to therapy. In S. McNa-

mee & K. J. Gergen (Eds.), Therapy

as social construction (Inquiries in

social construction series) (pp. 25-

. Thousand Oaks: Sage.

Bateson, G. (1972). Steps to an ecology

of mind. Chicago: University of Chi-

cago Press.

Campbell, C. & Ungar, M. (2004). Con-

structing a life that works, part 2:

An approach to practice. The Ca-

reer Development Quarterly, 53(1),

-40.

Cecchin, G. (1987). Hypothesizing, cir-

cularity, and neutrality revisited: an

invitation to curiosity. Family Pro-

cess, 26(4), 405-413.

Gergen, K. & Warhuus, L. (2001). Tera-

pia como construção social: carac-

terísticas, reflexões e evoluções. In

M. M. Gonçalves & O. F. Gonçalves

(Orgs.), Psicoterapia, discurso e nar-

rativa: a construção conversacional

da mudança (pp. 29-64). Coimbra:

Editora Quarteto.

Grandesso, M. (2000). Sobre a recons-

trução do significado: uma análise

epistemológica e hermenêutica da

prática clínica. São Paulo: Casa do

Psicólogo.

Guilfoyle, M. (2003). Dialogue and po-

wer: A critical analysis of power in

dialogical therapy. Family Process,

(3), 331-343.

Hare-Mustin, R. (1994). Discourses

in the mirrored room: A post-

modern analysis of therapy. Fam-

ily Process, 33(1), 19-35. doi:

1111/j.1545-5300.1994.00019.x

Lannamann, J. W. & McNamee, S.

(2011). Narratives of the Interactive

Moment. Narrative Inquiry, 21(2),

-390. doi: 10.1075/ni.21.2.18lan

Littlejohn, S. & Foss, K. A. (2008). Theo-

ries of human communication. Bos-

ton, MA: Cengage Learning.

Martins, P. P. S. & Guanaes-Lorenzi, C.

(2017). Autorrevelação como re-

curso conversacional em terapia.

In E. F. Rasera, K. Taverniers, & O.

Vilches-Álvarez (Eds.), Construc-

cionismo social en acción: practicas

inspiradoras en diferentes contextos

(pp. 391-418). Chagrin Falls, OH:

Taos Institute Publications.

Martins, P. P. S., Silva, G. M., & Guanaes-

-Lorenzi, C. (2014). Os sentidos de

uma intervenção e suas implicações

para a construção do senso de com-

petência de um terapeuta. Nova Per-

spectiva Sistêmica, 50, 18-31.

McNamee, S. (2004). Therapy as Social

Construction: Back to basics and

forward toward challenging issues.

In T. Strong & D. Paré (Eds.), Fur-

thering Talk: Advances in the discur-

sive therapies (pp. 1-28). New York:

Kluwer Academic; Plemum Press.

McNamee, S. & Gergen, K. J. (1992).

Therapy as social construction (In-

quiries in social construction series).

Thousand Oaks: Sage.

Paula-Ravagnani, G. S., McNamee, S.,

Rasera, E. F., & Guanaes-Lorenzi, C.

(2016). O discurso construcionista

social na prática clínica de terapeu-

tas familiares. Psicologia em Estudo,

(2), 267-278.

Pearce, W. B. (1996). Novos modelos e

metáforas comunicacionais: a pas-

sagem da teoria à prática, do obje-

tivismo ao construcionismo social e

da representação à reflexividade. In

D. Fried Schnitman (Org.), Novos

paradigmas de cultura e subjetivida-

de (pp. 172-187). Porto Alegre: Ar-

tes Médicas.

Rapizo, R. (1996). Terapia sistêmica de

família: da instrução à construção.

Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Shazer, S. (1985). Keys to solution in

brief therapy. New York: WW Nor-

ton & Company.

Stewart, J. & Zediker, K. (2000). Dia-

logue as tensional, ethical practice.

Southern Communication Journal,

(2-3), 224-242.

Sutherland, O. & Strong, T. (2011).

Therapeutic collaboration: A con-

versation analysis of construc-

tionist therapy. Journal of Fami-

ly Therapy, 33, 256-278. doi: 10.

/j.1467-6427.2010.00500.x

Sundet, R. (2011). Collaboration: Fami-

ly and therapist perspectives of hel-

pful therapy. Journal of Marital and

Family Therapy, 37(2), 236-249. doi:

1111/j.1752-0606.2009.00157.x.

Zimmerman, K. J. (2011). Commentary:

Is collaboration a viable target for

family therapists? Journal of Marital

and Family Therapy, 33, 215-223. doi:

1111/j.1467-6427.2011.00535.x

Downloads

Publicado

12/21/2017

Como Citar

Doricci, G. C., Crovador, L. F., & Martins, P. P. S. (2017). O especialista relacional na terapia familiar de fundamentação epistemiológica construcionista social. Nova Perspectiva Sistêmica, 26(59), 37–51. Recuperado de https://revistanps.com.br/nps/article/view/315

Edição

Seção

Artigos