“Ninguém tem o direito de me fazer o bem sem meu consentimento”: experiências, conversas e reflexões sobre saúde mental no Paraguai

Autores

  • Rocío Recalde Universidad Católica “Nuestra Señora de la Asunción
  • Sofía Cálcena

Palavras-chave:

sistemas de saúde mental, diagnóstico, construcionismo social, terapias pós-modernas, linguagem.

Resumo

A visão modernista vinculada ao âmbito da saúde mental, do diagnóstico e suas implicações tem sido tópico de discussão durante décadas e ainda continua vigente nos sistemas públicos de saúde mental no Paraguai. Este artigo constitui-se num ensaio sobre as práticas clínicas a partir de uma entrevista em profundidade com uma usuária dos serviços de saúde pública. Partindo dos aportes do construcionismo social e das terapias pós-modernas, propõe-se como objetivo: a) conhecer e dar a conhecer a história de uma pessoa a partir das suas experiências como usuária dos serviços de saúde mental no Paraguai; b) reconhecer as implicações do emprego das linguagens baseadas no déficit e; c) destacar, a partir da experiência narrada na entrevista, os espaços promovidos a partir de e pelos usuários como geradores de possibilidades terapêuticas e políticas alternativas às oferecidas pelos sistemas de saúde mental nacionais. Finalmente, refletimos sobre como uma postura colaborativa permitiria não apenas que os prestadores de serviço de saúde pública revissem suas práticas, mas também que os usuários se tornassem visíveis a partir de narrativas geradoras de sentidos mais esperançosos no quadro de uma construção conjunta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rocío Recalde, Universidad Católica “Nuestra Señora de la Asunción

Psicóloga Clínica. Terapeuta Familiar. Docente na Universidad Católica “Nuestra Señora de la Asunción”. Certificação Internacional em Práticas Colaborativas pelo Houston Galveston Institute e TAOS Institute. 

Sofía Cálcena

Psicóloga clínica. Terapeuta familiar. Consultora em pesquisa e projetos sobre assuntos sociais sob a perspectiva dos direitos na infância e na adolescência. Certificação internacional em Práticas Colaborativas pelo Houston Galveston Institute e TAOS Institute

Referências

Andersen, T. (1994). El equipo reflexivo. Diálogos y diálogos sobre diálogos. (Trad. Daniel Zadunaisky). Barcelona: Gedisa.

Anderson, H. (1999). Conversación lenguaje y posibilidades. Un enfoque postmoderno de la terapia. Trad. Jorge Colapinto. Buenos Aires: Editorial Amorrortu.

Bilbao, O. (2010). Imagen sobre imagen. Asunción: Editorial Zada.

Convención sobre los derechos de las personas con discapacidad. http://www.un.org/spanish/disabilities/default.asp?id=497

Cooper, D. (1967). Psiquiatría y anti psiquiatría. http://es.scribd.com/doc/61998926/Psiquiatria-y-antipsiquiatria-David-Cooper-1967

Foucault, M. (2007). El poder psiquiátrico. Trad. Horacio Pons. http://www.bsolot.info/wp-content/pdf/Foucault_Michel-El_poder_psiquiatrico.pdf

Friedman, S. (comp). (2005). Terapia Familiar con Equipo de Reflexión. Una práctica de colaboración. (Trad. Zoraida Valcárcel.). Buenos Aires: Editorial Amorrortu.

Gergen, K. (1996). Realidades y relaciones. Aproximaciones a la construcción social. (Trad. Ferran Meler Ortí). Barcelona: Editorial Paidós.

Gergen, K., & McNamee, S. (1996). La terapia como construcción social. (Trad. Ofelia Castillo). Barcelona: Editorial Paidós.

Maturana, H., & Varela, F. (2003). El árbol del conocimiento. Bases biológicas del entendimiento humano. Chile: Editorial Universitaria y Editorial Lumen.

McNamee, S. (2001). Recursos relacionales: la reconstrucción de la terapia y otras prácticas profesionales en el mundo postmoderno. Sistemas Familiares.

Packman, M. (comp). (1996). Construcciones de la experiencia humana. (Volumen I). Barcelona: Editorial Gedisa.

Schnitman, D.F. (comp). (1994). Nuevos paradigmas, cultura y subjetividad. Buenos Aires: Editorial Paidós.

Seikkula, J., & Arnkil, T. (2006). Dialogical Meetings in Social Networks. London: Editorial Karnac.

White, M., & Epston, D. (1993). Medios narrativos para fines terapéuticos. (Trad. Ofelia Castillo, Mark Beyebach y Cristina Sánchez). Barcelona: Editorial Paidós.

White, M. (1997). Guías para una terapia familiar sistémica. Trad. Alcira Bixio. Barcelona: Editorial Gedisa.

Downloads

Publicado

03/08/2016

Como Citar

Recalde, R., & Cálcena, S. (2016). “Ninguém tem o direito de me fazer o bem sem meu consentimento”: experiências, conversas e reflexões sobre saúde mental no Paraguai. Nova Perspectiva Sistêmica, 23(48), 44–56. Recuperado de https://revistanps.com.br/nps/article/view/49

Edição

Seção

Artigos